É um sentimento que transcende palavras, algo que apenas mães conseguem entender plenamente. A conexão entre mãe e filho é tão poderosa, tão intensa, que parece ultrapassar os limites da compreensão humana. No entanto, para os cientistas, essa ligação não é um mistério transcendental, mas sim um fenômeno complexo com bases sólidas em nossa biologia e psicologia.
Segundo o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, do Hospital das Clínicas (SP), uma série de estudos e pesquisas comprova a ligação fisiológica e emocional que o vínculo materno pode gerar. “A mulher, ao se tornar mãe, passa por um verdadeiro bombardeio hormonal, com substâncias como ocitocina e prolactina desempenhando papéis cruciais no desenvolvimento do amor e do instinto protetor. Esses neurotransmissores não apenas facilitam a produção de leite e as contrações uterinas, mas também fortalecem os laços emocionais entre mãe e filho“, explica Gomes.
Essa compreensão não é apenas teórica. Em 2015, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) capturaram, pela primeira vez na história, imagens do amor entre mãe e filho utilizando exames de ressonância magnética. “Foi possível observar o fluxo sanguíneo no cérebro do bebê e como a atividade cerebral muda em resposta ao estímulo do beijo materno. O beijo desencadeia uma reação química no cérebro, liberando ocitocina, dopamina e serotonina, hormônios ligados ao bem-estar e ao apego emocional”, acrescenta Gomes.
Para os neurocientistas, a explicação reside na maneira como nosso cérebro responde a estímulos positivos. “O abraço, por exemplo, ativa o circuito mesolímbico dopaminérgico, desencadeando uma cascata de neurotransmissores que promovem o bem-estar em todo o corpo. Esse contato físico intenso gera uma sensação de conforto incomparável, reforçando os laços afetivos”, afirma.
Entretanto, essa conexão não começa apenas após o nascimento. Ela tem suas raízes na gestação, mais especificamente logo após a concepção. Durante a gravidez, as células do feto e da mãe podem cruzar a barreira placentária, num fenômeno chamado microquimerismo.
“Essas células do feto podem se alojar em diversos tecidos maternos, como pulmões, coração e pele. Esse fenômeno, conhecido como microquimerismo, estabelece um vínculo ainda mais profundo entre mãe e filho, que vai além do compartilhamento físico durante a gestação”, explica Melissa Wilson, pesquisadora da Arizona State University.
Além disso, estudos realizados na Royal Holloway (Inglaterra) sugerem que durante a gravidez, as mudanças no processamento das emoções no cérebro das mães as preparam para se conectar emocionalmente com seus bebês. “Essas alterações neurobiológicas garantem que as mães estejam neurologicamente preparadas para se vincular ao bebê após o nascimento”, explica Victoria Bourne, líder da pesquisa.
O canguru, envolve o contato pele a pele entre mãe (ou pai) e bebê, ajudando a fortalecer o vínculo emocional entre ambos. Esse contato promove a liberação de hormônios do amor, como a ocitocina, e cria uma sensação de segurança e proximidade. Além disso, ajuda a regular a temperatura corporal do bebê, estimula a amamentação e reduz o estresse tanto para a mãe quanto para a criança;
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Em resumo, a ligação entre mães e filhos é um fenômeno complexo, com bases biológicas e psicológicas profundas. Desde os primeiros momentos da gestação até os abraços reconfortantes ao longo da vida, essa conexão é alimentada por hormônios, neurotransmissores e pela própria experiência emocional, proporcionando segurança, amor e uma ligação inquebrável entre mãe e filho.