Aleitamento reforça o vínculo entre mãe e bebê

Live amamentação
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A pandemia que vivemos trouxe adaptações até na hora do parto, mas uma coisa não muda. “Mãe e bebê são aproximados ali, na hora da amamentação. Esse primeiro contato, olho no olho da mãe com o bebê, inicia um vínculo que não há mais nada que quebre”, explica Dra. Soraia Drago Menconi, médica pediatra neonatologista e coordenadora da Unidade Neonatal da Santa Casa de Limeira.

A profissional bateu um papo na noite desta quarta-feira com a jornalista Gabriela Bertoli, a Gabi, apresentadora oficial dos produtos Galzerano e criadora do canal “De Mãe para Mães com Gabi, em live especial promovida pela empresa em seu Instagram, como parte das ações pela Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Formada pela Unicamp, Soraia tem uma trajetória de sucesso na Santa Casa de Limeira, com mais de 10 anos na ala que cuida de recém-nascidos. Ela ressaltou a importância de empresas parceiras neste êxito, entre elas a Galzerano, que sempre apoio iniciativas voltadas ao aleitamento materno.

Sobre as dificuldades do parto neste momento de pandemia, Dra. Soraia menciona que, no início dela, houve restrições importantes na sala de partos, com preocupação dos obstetras em reduzir o número de acompanhantes da futura mamãe. Contudo, não houve restrições para o aleitamento, considerado um ato de qualidade de vida.

“Não mudou nada, só a mãe que fica de máscara. Mudança só em caso da mãe estar com sintomas da Covid-19. Aí a criança fica no berço, e não nos braços da mãe. Importante lembrar que o colostro, aquele leite materno inicial, protege a criança. E o berço é mantido, nestes casos, dois metros de distância da cama da mãe. O aleitamento não é interrompido”, cita.

Esse vínculo entre mãe e bebê segue essencial nos primeiros minutos após o parto. Dra. Soraia explica que, no parto normal, o bebê passa por exames e logo é colocado em cima da mãe, para a primeira amamentação. Aquele choro do bebê, de afastamento da gestante, é mais raro. Na cesariana, esse procedimento não é possível, pois esse método de parto exige mais segurança à mãe, com equipamentos necessários. “A criança é colocada em um bercinho e não sai da sala de parto. Mãe e bebê saem juntos do local, essa aproximação é importante. É ali que bebê se alimenta. Ainda que a mãe não amamente, o bebê se aproxima dela”, explicou.

BENEFÍCIO E APOIO À MÃE

No bate-papo, que está disponível no IGTV da Galzerano, Dra. Soraia mencionou os principais benefícios da amamentação. “A incidência de câncer de mama ou de útero diminui muito para a mãe e ela vai emagrecer mais rápido”, lembrou.

Já o bebê fica mais protegido de infecções, recebe proteínas, reduz problemas na mandíbula – o crescimento ósseo ocorre por meio do ato de mamar -, além da melhora na respiração. O leite materno reduz obesidade, hipertensão e faz a criança ter maior interatividade com a família.

Muitas mães querem amamentar, mas não conseguem. A médica lembrou um caso de uma mãe que tirou leite por quase toda a gestação, mas não conseguiu amamentar no primeiro parto; já no segundo, conseguiu de primeira. “No primeiro, ela não teve acompanhamento. No segundo filho, ela já tinha experiência e era mais calma. O importante é termos rede de apoios”, reforçou a profissional. Em todas as fases da criança mas especialmente nos primeiros meses o apoio de toda a família é fundamental para as mães e seus bebês.

Dra. Soraia lembrou que, apesar de muita informação na mídia, existe um preconceito cultural em relação ao aleitamento. “A mulher não precisa sair do mercado de trabalho para amamentar. Antes, ela tirava leite, preparava mamadeiras e alguém dava à criança. Temos uma discussão com as creches para que permitam que as mães possam amamentar. Tem de haver um rigor na retirada, no manuseio e armazenamento desse leito. Não é como um leite em pó. Ele é vivo, tem propriedades especiais”, orienta. Se a mãe for retirar leite em casa, é importante não fazê-lo no banheiro, mas em outros locais, e colocá-lo imediatamente na geladeira.

ESTÍMULO

A médica afirmou que há gerações de mães que não foram estimuladas a amamentar. “Precisamos ter grupos de apoio de mães que tiveram sucesso. Cada gestação é diferente e as mulheres estão em várias fases pessoais e profissionais, com preocupações diferentes. Essas mães podem mostrar a outras que a amamentação dá certo”.

Sobre a preocupação constante de falta de leite, a profissional diz que é preciso atentar-se aos sinais. “Bebê muito irritado, que chora e joga a cabeça para trás, pode ser um sinal de que a mãe tem produção de leite em excesso e ele não consegue sugar. É preciso retirar o excesso para o bebê poder se alimentar. Se o bebê dorme tranquilo, tem a troca normal de fralda, é sinal de que está bem hidratado e alimentado”.

O importante é a mãe não se cobrar tanto. “Mãe precisa cuidar do bebê. Ele continua dependendo da mãe num crescimento fora do útero. É fundamental que a família seja educada. Não adianta a mãe se desdobrar se tem alguém do lado dizendo que não vai dar certo. A família tem que entender que um bebê muda toda a rotina. Mas para melhor!”, finalizou.

O AMOR É QUE FAZ A DIFERENÇA

A médica ressalta que nessa época de pandemia quando vivemos o distanciamento social, essas mães que podem abraçar seus filhos, devem viver  essa troca de energia que um abraço dá. “ Cuidem dessas crianças! Elas já estão em um momento que não podem ser abraçadas pelos avós, pelos amigos mas precisam desse carinho da mãe mais do que nunca”. Soraia diz que a dedicação fará a diferença com todo o carinho e amor que ela puder dar. “Abrace muito, beije muito, amamente muito que com certeza teremos uma geração muito melhor preparada emocionalmente. Deus nos deu mamas, condição de amamentar”!

Para completar essa semana especial de ações, a Galzerano publica em suas redes sociais, nesta sexta-feira, um bate-papo que Gabi fez com três mães em fase de amamentação. Elas contarão a incrível experiência de alimentar e proteger seus filhos por meio de alimentação. Um papo gostoso de acompanhar e educativo às famílias. Imperdível!

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